Preventive electronic monitoring tech

De uma abordagem reativa a uma preventiva: o que se vislumbra no horizonte das tecnologias de monitoramento eletrônico?

A percepção de que é possível transformar a tecnologia de monitoramento eletrônico (ME) para um espectro de ações preventivas está se tornando cada vez mais consistente. A inteligência artificial (IA) e a análise de big data (o processo de examinar grandes e variados conjuntos de dados para descobrir padrões ocultos, correlações desconhecidas, tendências e outras informações úteis que podem, em última análise, levar a decisões melhor fundamentadas) estão crescendo em um ritmo sem precedentes. 

Potencialmente, essas tecnologias podem levar a  aplicações amplamente benéficas, que podem ser utilizadas no campo do monitoramento eletrônico a médio prazo. De fato, a IA já está em uso em algumas partes do mundo no setor de justiça criminal, pois “os algoritmos estão auxiliando cada vez mais na aplicação da lei e os juízes na realização de seus juramentos” (1).

No entanto, as soluções atuais de ME ainda estão focando exclusivamente em uma abordagem reativa, o que significa que uma intervenção só ocorre quando um alarme sinaliza uma inconformidade, seja uma violação das regras e restrições impostas (violação de zonas de inclusão ou exclusão ou violação do toque de recolher em casos de prisão domiciliar, por exemplo), tentativa de adulteração do dispositivo, constatação de que a bateria da tornozeleira não está sendo carregada, ou outras situações semelhantes.

Juntas, a IA e a análise de big data resultam na identificação de tendências e padrões, possibilitando a descoberta de correlações, bem como perfis de risco, por meio do uso de todos os dados disponíveis, que são fornecidos pelo sistema de ME. Tais dados incluem, entre outros, posição GPS, velocidade, movimentos, sensores de movimento, sensores de adulteração; além disso, um novo sistema de ME acionado por IA poderia levar em conta dados históricos e misturá-los com qualquer outra fonte relevante de dados a serem correlacionados (outros infratores, um mapa de zonas de crime, cenas de crime, registros de CFTV, velocidade do carro, etc). 

Estas soluções são apresentadas como um conjunto de funcionalidades que permitiriam uma intervenção preditiva, ferramentas que permitem ao supervisor ou oficial de liberdade condicional identificar um problema potencial antes que ele realmente ocorra. Assim, a ação preventiva garantiria uma ressocialização cada vez mais bem sucedida do infrator monitorado e reduziria a reincidência.

Geosatis está cada vez mais dedicada a estudar e desenvolver soluções que superem as tecnologias de ME “tradicionais”. De fato, uma solução de ME abrangente com uma tecnologia integrada como a nossa – permitindo um nível de controle adaptado às especificações de cada usuário, incluindo o monitoramento do movimento e da atividade física –, é o primeiro passo para realmente ir em direção a uma abordagem potencialmente preditiva para o ME.

É certo que essa evolução natural – para acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos da era de ouro tecnológica em que estamos – não será linear: certamente representará desafios no que diz respeito à proteção e ao viés de dados, sem mencionar as implicações que tais recursos avançados de ME terão no perfil acadêmico-técnico da equipe das organizações de liberdade condicional que serão responsáveis por analisar, tirar conclusões e agir em função delas.

A tecnologia de inteligência artificial pode muito bem tocar todas as partes do sistema de justiça criminal em breve e é por isso que nós, na Geosatis, estamos determinados a levá-la mais longe do que qualquer outro provedor de ME.

Como a empresa mais inovadora do mundo neste setor, defendemos uma revolução tecnológica que consiste em adicionar ainda mais capacidades a uma solução que começamos do zero e que desafiou radicalmente o status quo da indústria. Não é por acaso que estamos fornecendo alguns dos programas de ME mais progressivos e bem-sucedidos internacionalmente

(1) Centro Berkman Klein. (2018). Core Use Cases and Cross-Cutting Themes. Disponível em  https://cyber.harvard.edu/research/ai/usecases

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José Demetrio é o fundador e Diretor Executivo da GEOSATIS. Possui formação em elétrica e certificados técnicos em aplicações especializadas em segurança. Seu perfil inovador e empreendedor remonta ao início de sua carreira, que se desenvolveu, a princípio, no setor de segurança. Também trabalhou para operadoras de telecomunicações e contribuiu para a implementação de soluções de bloqueio de comunicações móveis para presídios.


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